Vida pósmorte e realidade quântica
sábado, 27 de dezembro de 2008
12:26
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2 Comments
Assunto: Ciências Humanas , Espiritismo , Filosofia , Reflexões
Assunto: Ciências Humanas , Espiritismo , Filosofia , Reflexões
Atualmente tenho lido alguns textos sobre budismo, satanismo, tenho conversado com amigos sobre a vida pós-morte, refletido em meu canto e pensando em física quântica. Esta última parte pode parecer não ter sentido, mas porque poderíamos achar isso?
Existem duas grandes vertentes acerca da vida após a morte.
A mais difundida, apesar de sua queda progressiva, é a crença cristã na ressurreição; onde acredita-se que no fim dos tempos todos os mortos irão ressuscitar e viver com os vivos ao lado de um deus todo-poderoso, benevolente e que todo o mal irá se dissipar.
Existe também a crença na reencarnação, onde o indivíduo possui uma alma eterna e que passa por diversos ciclos de aprendizagem, assumindo diferentes corpos e identidades, que influenciam nas suas próximas encarnações, para no fim alcançarem a iluminação e se unirem ao Uno.
Mas existe uma outra forma de pensar, muito pouco difundida, na qual pessoalmente chamo de "ciclicionismo", que advém do movimento cíclico. O que seria basicamente? Assim como nosso corpo é criado no útero e ao fim se decompõe para retornar à Terra, o mesmo ocorre com nosso corpo energético. Ao fim de nossa vida ele retorna ao corpo energético da Natureza. Crença sem propósito? Acredito que não, se formos analisar a física quântica, já sabemos da veracidade dos chacras (partes constitutivas do corpo energético), já sabemos que as moléculas podem mudar de identidade sem uma razão aparente, já sabemos da existência de um mundo quântico (possuindo outras regras, outras leis e outras estruturas) que coexiste com o mundo material estudado pela física mecânica. Veremos também que este mundo quântico influencia e é influenciado diretamente pelo mundo material.
Podemos simplesmente negar este conhecimento ou devemos readaptar a nossa consciência aos novos parâmetros da realidade? Antes de tudo devemos aprender a pensar o impossível, como fez a sociedade ao descobrir que o centro da galáxia era o Sol e não a Terra. Ou quando descobrimos o Big Bang e tomamos consciência de que não foi um deus que criou o universo da maneira que vemos. Nos deparamos com uma outra realidade, onde o que era impossível já é possível. Vocês sabiam que teoricamente a viajem no tempo é possível? Só não temos tecnologia para aplica-la, e quando tivermos?
Já se pensou porque povos antigos tinham conhecimento de coisas que só viemos a descobrir no século passado, como a existência de dimensões paralelas e da relatividade do tempo? Tais povos sempre falaram da meditação, de um corpo imaterial, de outra realidade, por que será? E agora, que a física quântica prova isso devemos relutar em acreditar nisso?
Se provamos que existe um corpo quântico, assim como uma realidade quântica, podemos sim provar a existência de outras dimensões, seres e civilizações. Pode parecer que seja algo meio lunático, ou com nenhum atributo racional, mas o que quero fazer vocês pensarem é: Se o impossível agora é possível, porque não devo aprender a pensa-lo, raciocina-lo e usa-lo para melhor compreender a realidade?
Isso me leva a diversas questões. Se há de fato uma realidade quântica que intervém diretamente nesta realidade material, como devo pensar as relações humanas? E as diferenças culturais? E a consciência coletiva? E a relação do homem com a natureza? Será que esta muito além da mera coexistência?
São todas perguntas sem respostas, muitas já vieram dos "cientistas" do realismo fantástico, mas infelizmente se perderam no lunatismo e suas respostas não possuem embasamento científico básico, ou seja, preposições e conclusões, somente afirmações e especulações! Acho que já esta na hora das ciências naturais e principalmente as sociais tomarem consciência destes aspectos e renovarem a produção acadêmica, muitas destas ciências ainda estão presas no tradicionalismo.
Há uma autora, Dana Zohar que me surpreendeu com a sua obra "Sociedade Quântica", ainda não finalizei a leitura, mas o que ela faz é perfeitamente a união de conceitos e ciências que hoje em dia já não se faz. Formada em Física e Filosofia, disserta sobre as relações quânticas dos indivíduos e a concepção da sociedade quântica. Ainda não posso fazer críticas a sua obra, principalmente quando se fala "promessa revolucionária de uma liberdade verdadeira". Entretanto, vejo que o meio acadêmico esta começando a viabilizar outras formas de pensar.
Para finalizar, a transcrição de um comentário transcrito pela autora no início do capítulo 2:
"- Eu não acredito nisso! Exclamou Alice. - (...) a gente não pode acreditar em coisas impossíveis.
- Parece que você não tem praticado muito - disse a rainha. - Quando eu tinha a sua idade, fazia isso pelo menos meia hora por dia. Às vezes chegava a acreditar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã."
Lewis Carrol, Through the Looking Glass
("Através do Espelho")
Existem duas grandes vertentes acerca da vida após a morte.
A mais difundida, apesar de sua queda progressiva, é a crença cristã na ressurreição; onde acredita-se que no fim dos tempos todos os mortos irão ressuscitar e viver com os vivos ao lado de um deus todo-poderoso, benevolente e que todo o mal irá se dissipar.
Existe também a crença na reencarnação, onde o indivíduo possui uma alma eterna e que passa por diversos ciclos de aprendizagem, assumindo diferentes corpos e identidades, que influenciam nas suas próximas encarnações, para no fim alcançarem a iluminação e se unirem ao Uno.
Mas existe uma outra forma de pensar, muito pouco difundida, na qual pessoalmente chamo de "ciclicionismo", que advém do movimento cíclico. O que seria basicamente? Assim como nosso corpo é criado no útero e ao fim se decompõe para retornar à Terra, o mesmo ocorre com nosso corpo energético. Ao fim de nossa vida ele retorna ao corpo energético da Natureza. Crença sem propósito? Acredito que não, se formos analisar a física quântica, já sabemos da veracidade dos chacras (partes constitutivas do corpo energético), já sabemos que as moléculas podem mudar de identidade sem uma razão aparente, já sabemos da existência de um mundo quântico (possuindo outras regras, outras leis e outras estruturas) que coexiste com o mundo material estudado pela física mecânica. Veremos também que este mundo quântico influencia e é influenciado diretamente pelo mundo material.
Podemos simplesmente negar este conhecimento ou devemos readaptar a nossa consciência aos novos parâmetros da realidade? Antes de tudo devemos aprender a pensar o impossível, como fez a sociedade ao descobrir que o centro da galáxia era o Sol e não a Terra. Ou quando descobrimos o Big Bang e tomamos consciência de que não foi um deus que criou o universo da maneira que vemos. Nos deparamos com uma outra realidade, onde o que era impossível já é possível. Vocês sabiam que teoricamente a viajem no tempo é possível? Só não temos tecnologia para aplica-la, e quando tivermos?
Já se pensou porque povos antigos tinham conhecimento de coisas que só viemos a descobrir no século passado, como a existência de dimensões paralelas e da relatividade do tempo? Tais povos sempre falaram da meditação, de um corpo imaterial, de outra realidade, por que será? E agora, que a física quântica prova isso devemos relutar em acreditar nisso?
Se provamos que existe um corpo quântico, assim como uma realidade quântica, podemos sim provar a existência de outras dimensões, seres e civilizações. Pode parecer que seja algo meio lunático, ou com nenhum atributo racional, mas o que quero fazer vocês pensarem é: Se o impossível agora é possível, porque não devo aprender a pensa-lo, raciocina-lo e usa-lo para melhor compreender a realidade?
Isso me leva a diversas questões. Se há de fato uma realidade quântica que intervém diretamente nesta realidade material, como devo pensar as relações humanas? E as diferenças culturais? E a consciência coletiva? E a relação do homem com a natureza? Será que esta muito além da mera coexistência?
São todas perguntas sem respostas, muitas já vieram dos "cientistas" do realismo fantástico, mas infelizmente se perderam no lunatismo e suas respostas não possuem embasamento científico básico, ou seja, preposições e conclusões, somente afirmações e especulações! Acho que já esta na hora das ciências naturais e principalmente as sociais tomarem consciência destes aspectos e renovarem a produção acadêmica, muitas destas ciências ainda estão presas no tradicionalismo.
Há uma autora, Dana Zohar que me surpreendeu com a sua obra "Sociedade Quântica", ainda não finalizei a leitura, mas o que ela faz é perfeitamente a união de conceitos e ciências que hoje em dia já não se faz. Formada em Física e Filosofia, disserta sobre as relações quânticas dos indivíduos e a concepção da sociedade quântica. Ainda não posso fazer críticas a sua obra, principalmente quando se fala "promessa revolucionária de uma liberdade verdadeira". Entretanto, vejo que o meio acadêmico esta começando a viabilizar outras formas de pensar.
Para finalizar, a transcrição de um comentário transcrito pela autora no início do capítulo 2:
"- Eu não acredito nisso! Exclamou Alice. - (...) a gente não pode acreditar em coisas impossíveis.
- Parece que você não tem praticado muito - disse a rainha. - Quando eu tinha a sua idade, fazia isso pelo menos meia hora por dia. Às vezes chegava a acreditar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã."
Lewis Carrol, Through the Looking Glass
("Através do Espelho")
Belo texto...! Sou totalmente leigo no assunto e devo dizer que física quântica, nunca (ainda) foi objeto de estudos meus. Mas a questão do pensar o impossível e de questionar-se pelo não visto, pelo não conhecido, pelo mistério é potencializar o nosso pensamento, é viver o pensar. E isto se faz cada vez mais necessário, em virtude deste racionalismo vazio e deste cientificismo exacerbado que hoje é uma religião.
Como Satanista, limito-me à responder à questão do post-mortem com apenas uma palavra: memória. Ou seja, realizar em vida, atos que permaneçam a ponto de sermos lembrados ainda que nosso corpo tenha se deteriorado. Platão está mais vivo do que nunca, Nietzsche também... E é por aí que penso, se cada um pensasse em fazer algo realmente digno de ser lembrado, e buscasse isso, muitas vidas não teriam sido em vão.
Oi Renan,
vim por aqui saber de você. Mas você diz muito, muito, muito e ao mesmo tempo diz pouco (de você), não é?!!
No momento não estou nestas reflexões pós-morte, as pós-modernas estão consumindo muito (rs rs).
Mas gostei muito do aprendizado com o post. Acompanhando seu blog saberei mais sobre o "ciclicionismo"?!
Obrigado por seu partilhar.