Nostalgia
Um dia destes estava passeando pelo centro da cidade. Contava as árvores nas calçadas e as crianças que não brincavam. Tentei imaginar como poderia ser este cenário se as crianças brincassem e largassem seus remédios normativos. Veríamos mais árvores e conversaríamos com passarinhos e cogumelos. Abandonaríamos nossos psiquiatras e psicólogos e conversaríamos com nós mesmos...
Seria um sonho em que prédios se tornariam penhascos com tirolesas e correríamos para impedir que o mundo parasse... Mas então nos lembraríamos de nossos remédios, de nossos compromissos com o mundo. Nossa lembrança iria apagar nossos desejos de brincar, de sermos o que somos.
Brincar nem sempre é bom, existem outras coisas para fazer, mas porque condenar a diversão? Porque nos esquecermos de nossos desejos? Porque guardar as nossas boas lembranças a nostalgias?
Porque, porque, por que. Maldita qualidade humana!
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